As fracturas por sobrecarga (stress)

Estas Fracturas, muitas vezes ocultas, são um autêntico sacrifício para o deportista

São frequentes?

Sim são.

Especialmente em atletas ou desportistas com estímulos repetitivos dos membros inferiores que é onde são mais prevalentes. Concretamente na tíbia e nos metatarsianos, a sua prevalência é maior mas podem dar-se com menos frequência no colo do fémur, astrágalo, escafóide társico, etc.

O que são?

São acumulações de pequenas fracturas incompletas que terminam fraturando o equilibrio de reparação, a favor de uma lesão mais ampla. Neste processo além do estímulo referido, joga um papel importante a pisada do desportista, as superfícies onde se realiza o exercício deportivo, a idade, o estado de nutrição, a situação hormonal e segundo alguns estudos, até uma certa predisposição genética.Como sei que tennho uma fractura por sobrecarga (stress)? É uma dor insidiosa que se exacerba pela carga e cede discretamente com o repouso e desaparece na descarga.

Cuidado porque perante a falta de estímulo mecânico repetitivo este tipo de dores podem dever-se a fracturas por insuficiência óssea...mas isso é outra temática

A palpação axial com a ponta dos dedos na zona afectada são sempre positivos. As radiografias podem ser negativas, mas as imagens são mais precisas nas RMN, TAC e na gamagrafía óssea. A ecografia pode ser útil mas não é o exame com maior sensibilidade. Podem classificar-se em função do risco que têm e aqui deixamos com maior realce só aquelas que têm um alto risco. São as do colo do fémur, tanto na região supero-externa como infero-interna, a rótula, a diáfise anterior da tibia, o maléolo interno, o astrágalo, o escafóide társico, o 4º e 5º MTT.

Como tratar?

O primeiro passo importante é reconhecer que os tempos biológicos devem ser respeitados. Esta é uma lesão por desequilibrio a favor da fractura, portanto a recuperação supõem uma descarga absoluta. É o primeiro passo para aumentar a capacidade biológica de cicatrização.

IMPORTANTE. É pura biologia, nada de estímulos precoces, aqui não servem. Se existem elementos concomitantes à lesão, como por exemplo na mulher desportista, amenorreia, osteoporose, terá que se feito, igualmente, o correspondente tratamento. É importante avaliar os elementos biomecânicos que podem dar origem ao problema (estudo dinâmico da pisada, desalinhamento, encurtamento de membros, etc). Estão a dar um excelente resultado os estímulos eléctricos de baixa voltagem e o calor profundo, dirigido com ciclos pulsados. Em qualquer dos casos uma vez que por fim desapareça a imagem de fratura nos controlos ecográficos, a carga progressiva com protecção de descarga da zona permite ao desportista um regresso adequado ao seu exercicio desportivo. Disfruta o desporto!!

Fuente: https://invametd.wordpress.com/2017/08/15/las-fracturas-por-sobrecarga/

Te Puede Interesar

Contenido restringido 

Contenido restringido 

Contenido restringido